O guia do mochileiro das Galáxias

Postado por: Deniel Vieira

E ae seus nerds. Pelessura ?

Bom, bom... Hoje to aqui pra falar de uma das maiores sagas da literatura mundial. Não, não é Senhor dos Anéis. Vou falar do “Guia do mochileiro das galáxias” ou como é conhecido em Portugal – se prepare para os risos – “À Boléia pela Galáxia”.

A resposta pra vida, o universo e tudo mais

O Guia é uma trilogia de quatro livros (que na verdade são cinco), que conta a história de Arthur Dent, típico chato inglês, viajando pelo universo. Seria até divertido viajar pelo universo, se o motivo não fosse que a Terra foi destruída.

A história é repleta de personagens carismáticos (e non-sense), como Zaphod Beeblebrox, o presidente do universo, que tem duas cabeças, Trillian, uma terráquea, que fugiu da terra anos antes, com Zaphod, Ford Prefect, um alienígena que foi amigo de Arthur por um longo tempo, mesmo com esse sem suspeitar que Ford fosse alien, E o meu personagem preferido, Marvin, um Robô maníaco depressivo e ultra inteligente.

Ta... Mas e porque desse titulo, O guia do mochileiro das galáxias? Simplesmente porque dentro do universo criado por Douglas Adams existe o tal Guia. E como diz o livro:

“Mais popular que a Enciclopédia Celestial do Lar, mais vendido que Mais Cinquenta e Três Coisas para se Fazer em Gravidade 0, e mais polêmico que a colossal trilogia filosófica de Oolonn Colluphid, Onde Deus Errou, Mais Alguns Erros de Deus e Quem é Esse Tal de Deus Afinal?”

Capa do filme do guia, que de tão ruim, nem vou comentar aqui :P

O tom sarcástico que impera por todas as páginas dos cinco livros, além de fazer rir – e rir muito por sinal – ainda faz com que pensamos. Adams usa tão bem da arte de fazer graça, pra nos fazer refletir sobre pontos das nossas vidas.

Gosto muito de comparar Adams à Tolkien, mesmo suas obras e sua forma de narrativa não terem nada a ver. Por quê? Simplesmente porque um é o oposto do outro, enquanto Tolkien usa a ferramenta descritiva em suas obras de forma em certo ponto até entediante – quem nunca quase dormiu lendo Tolkien descrever um personagem, não saberá nunca do que to falando :p – por outro lado, Adams algumas vezes até descreve de menos, como por exemplo um personagem que aparece em determinada parte da saga, simplesmente descrito como “um tom de azul’. Quero deixar claro que adoro tanto Tolkien quando Adams, mas enfim...o tema nem é esse aqui.

Marvin é um caso a parte. Eu preciso deixá-los com algumas frases memoráveis desse robozinho cativamente depressivo.

"Você acha que o seu problema é sério? E eu? O que faço se eu sou um robô maníaco-depressivo? Não, nem tente responder; eu sou 50 mil vezes mais inteligente que você e nem eu sei a resposta. Só ao tentar me colocar no seu nível intelectual, fico com dor de cabeça."

"Não finja que quer falar comigo"

"Sei que você me odeia"

"Mas eu estou acostumado a ser humilhado, posso até enfiar minha cabeça num balde d'agua, se você quiser. Você quer que eu enfie a minha cabeça em um balde d'agua? Tenho um aqui do meu lado, espere um minuto......Pronto, espero que esteja satisfeito."

Vocês me entediam!

Pra finalizar, existe um sexto livro da série, não escrito por Douglas Adams, mas por Eoin Colfer, que contou com a permissão dos herdeiros de Adams. Apesar de muitos julgarem que não se equipara aos cinco livros originais, o livro foi bem elogiado, no periódico The Guardian, da Inglaterra, foi descrito como "a melhor imitação literária póstuma que eu já li" e considerou o livro "uma adaptação perfeitamente calculada". 

"Eu não li, mas minha mulher leu e disse que é muito bom"

Vou terminando por aqui, abraço nerds, e NÃO ENTREM EM PÂNICO.

Share this article :