Salve, molecada gente-fina! Pra quem ainda não me conhece, meu nome é Gustavo Queiroz (Mas sempre deixo como "Gustav" nas redes sociais, prefiro assim) e já fiz parte deste blog como co-fundador. É uma alegria imensa e uma grande honra poder voltar a colaborar com o blog! E é por isso mesmo que fiz um de meus melhores textos para cá.
Nessa e nas próximas matérias, irei abordar um diálogo que está em "Matrix Reloaded", entre Neo e O Arquiteto, o criador da Matrix. Nesse diálogo eu encontrei diversas referências históricas e religiosas, além de perceber várias instigações sócio-filosóficas. Como vou abordar pontos de vista e adicionar o meu próprio, em algumas partes do texto parecerei um religioso falando, mas não é essa a intenção. (Porém é óbvio que haters gonna hate, mas isso não vem ao caso.)
Como o texto ficou imenso, postarei ele em 3 partes, ambas com o vídeo do diálogo, para que o raciocínio possa ser acompanhado, e também para mostrar que fui fiel a tudo o que é dito nessa cena. O vídeo está aqui embaixo. Espero que, ao longo dessas 3 partes da matéria, sua percepção mude para melhor, ou que ao menos eu tenha conseguido lhe acrescentar algo de proveitoso. Sem mais delongas, vamos ao que interessa!
Neo: "Quem é você?"
Arquiteto: "Eu sou O Arquiteto. Eu criei Matrix. Estava esperando você. Você tem muitas perguntas, e embora o processo (onde ele morre e ressuscita no 1º filme) tenha alterado sua consciência, continua irrevogavelmente humano. Ergo(Sig. "Por consequência"), algumas respostas você entenderá, outras não. Ao mesmo tempo, embora sua primeira pergunta pareça a mais pertinente, você perceberá, ou não, que é a mais... irrelevante."
Neo - "Porquê estou aqui?"
Na área sócio-filosófica (ou sócio-antropóloga, ou antro-sócio-filosófica(?), como preferirem), esta é uma das perguntas mais antigas e intrigantes, pois não existe uma certeza concreta de como nossa espécie se originou.
ENTRETANTO, não é apenas isso.
Essa pergunta, nos leva a indagar qual o nosso real propósito dentro do período de nossa existência. E não são todos os que realmente se projetam a buscar com afinco uma resposta à essa pergunta, e acabam por aceitarem a condição de se tornarem parte de um "todo", serem apenas ferramentas de uma cruel harmonia sistêmica imperfeita e injusta.
Arquiteto (respondendo à pergunta de Neo): "Sua vida é o total do saldo de uma equação, assimétrica, inerente à programação de Matrix. Você é o resultado de uma anomalia que, apesar dos meus esforços, não consegui eliminar do que seria... a harmonia da precisão matemática. Mesmo permanecendo como um problema assiduamente evitado, não é inesperado e assim, não além da medida de controle que trouxe você, inapelavelmente... aqui."
Harmonia. Precisão matemática. Medida de controle.Acredite ou não, isso faz parte do cotidiano de cada um de nós. Estamos o tempo todo seguindo regras e sendo regidos por medidas de controle, algumas das quais são imensamente desnecessárias, o que nos dá a falsa sensação de desenvolvimento na vida, mas que na realidade, apenas faz parte dos patamares sistêmicos que são exigidos para que o movimento de harmonia coletivo permaneça nivelado e constante, MESMO COM SUAS FALHAS. E é isso o que nos leva obrigatoriamente a cada situação que passamos na vida.
ENTRETANTO (2)
Apenas 5 palavras podem obliterar os 2 parágrafos acima, e elas são ditas pelo Neo:
"Não respondeu à minha pergunta."
O que obriga o Arquiteto a dizer:
"Isso mesmo."
Pois é, a teoria do destino inerente não nos mostra nosso propósito, afinal.
Agora, vambora partir pra uma referência histórica sensacional, mostrada na parte seguinte do diálogo:
Arquiteto: "Interessante. Foi mais rápido que os outros."
Neo: "Que outros?"
Arquiteto: "Matrix tem mais tempo do que imagina. Prefiro contar da emergência de uma anomalia básica à emergência da próxima e no caso, esta é a sexta versão."
Neo: "Há somente duas explicações possíveis. Ou ninguém me disse...... ou ninguém sabia."
Mas tio Gustav, seu doido, o que caralhos isso tem a ver com a nossa história?
Eu digo: Tem a ver com o fim da nossa sociedade... DE NOVO. Siiiiiiiim, eu acredito que ela já acabou antes, mais de uma vez, inclusive. Um exemplo bem famoso é o da Arca de Noé. O dilúvio colossal destruiu toda a sociedade daquela época.
E eu acredito que essa não tenha sido a primeira vez que esse tipo de coisa tenha ocorrido. Não foram apenas guerras que transformaram nosso mundo... mas sim a aniquilação do mesmo.
Continuando:
Arquiteto: "Como está sem dúvida percebendo, a anomalia é sistêmica, criando flutuações até mesmo nas mais simples equações."
Neo: "Escolha... o problema é a escolha."
... Livre-arbítrio. O maior algoz da condição humana.
_______
Falarei algumas coisas sobre isso na 2ª parte e baterei forte nessa tecla na parte final da matéria. Espero que tenham gostado e, durante a semana, posto as partes seguintes da matéria. Bom domingo pra todos, e até a próxima!!
0 Comentários
