29 julho 2013

Wolverine - Imortal | Crítica

Por José Gomes   Postado As  14:39   HQ's

Postado por: J.Gomes 


Antes de falar qualquer coisa sobre o longa eu gostaria que vocês ouvissem essa música maravilhosa, que circula nas internets faz um tempinho:


Eu sei que o áudio não é dos melhores, mas foi basicamente pensando nessa música e em X-Men Origens: Wolverine que eu fui assistir o novo filme do baixinho canadense, em uma pré-estreia que ocorreu em uma quinta-feira fria, de madrugada. Vocês devem estar se perguntando porquê eu estou fazendo a crítica do filme só agora, já que eu já o assisti faz um tempo, bom, depois de sair da sala de cinema eu vi que precisava de um tempo para avaliar o que tinha visto, então, cá estou eu agora, fazendo essa crítica. Vamos lá.

Depois do fracasso que foi X-Men Origens: Wolverine o baixinho com garras precisava de um filme que devolvesse sua dignidade, que realmente honrasse ele. Ai eles resolveram fazer Wolverine - Imortal que usou como base a HQ de Chris Claremont e Frank Millar, na qual Logan viaja ao Japão para recuperar o amor da bela Mariko Yashida (que é realmente bonita), a nova aventura do mutante é muito bem-sucedida em estabelecer a relação romântica entre as duas personagens. Todos os personagens japoneses - inéditos no cinema - são bem desenvolvidos e sua relação com Logan é legal de ser vista, apesar do longa tomar muitas liberdades em relação aos quadrinhos, algo que pode decepcionar os fãs mais exigentes (eu). A ambientação também me agradou muito - pois é raro em um blockbuster de  Hollywood ter tantos trechos com legendas e ser respeitoso à tradição que está sendo retratada.

O longa, possuí sensibilidade e paciência ao retratar os momentos entre Logan (Hugh Jacman) e Mariko (Tao Okamoto), tanto que essas cenas sequer pareceriam um filme de super-herói comum, não fossem as garras que são mostradas de tempos em tempos. O grande problema do filme é em seu conceito.

Em "Eu, Wolverine", a HQ, na qual Logan luta por amor e por controle. Não está apenas em jogo a bela moça japonesa, mas a própria humanidade do Wolverine. O herói é humilhado pelo pai de Mariko devido à sua fúria cega - algo central em todas as histórias do mutante canadense. O cenário japonês é perfeito para demonstrar isso, já que é a terra da honra, educação e das tradições. Mas como no mundo cinematográfico Logan sempre foi deturpado em relação à sua origem nas HQs, já que o mutante "berserk" nunca aflorou de verdade, perde-se esse fato importante, substituído aqui pela suposta "imortalidade", que é um exagero em relação aos poderes, outrora finitos, do x-man e que foi alvo de muita piada.

A bonita história sobre um homem em busca da superação para poder se tornar alguém à altura da mulher que ama, vira a busca de um indivíduo deprimido por uma perda, a de Jean Grey (Famke Janssen) da série X-Men que aparece o tempo todo nos sonhos do protagonista, para retomar algo que lhe foi tirado.

Para que não conhece as HQs e acha que o mutante é idêntico ao Hugh Jackman, a simplificação que o filme faz deve funcionar maravilhosamente bem. De qualquer forma, ela foi tão fortemente contida, pouco interessada em explosões e mais centrada nas personagens, que acaba tornando-se aquele filme desejado que devolve ao baixinho com garras a dignidade e honra perdida, mesmo que seja a do Wolverine que foi "criado" para o cinema e não a do herói que existe há 40 anos nas HQs.

Algumas coisas me desagradaram, como as concessões do clímax, que tenta desesperadamente recuperar o entusiasmo que acredita ter perdido no desenvolvimento pacato do longa. Explodem aí na tela os vilões cartunescos, que explicam seus planos, mostram os poderes e comentem atos terríveis, no caminho devastando um dos grandes personagens japoneses da Marvel, o ilustre Samurai de Prata.

O longa não mata a franquia do Wolverine que retorna em X-Men - Dias de um Futuro Esquecido, mais uma obra prima das HQs que será adaptada, bagunçada e desvirtuada pelo cinema.

Felizmente o filme teve pontos positivos, que diferiram das minhas expectativas, tirando um pouco do peso que eles haviam colocado sobre si mesmos quando fizeram X-Men Origens: Wolverine. É possível assistir ao novo filme, sem querer sair da sala xingando, um bom entretenimento, exagera em algumas partes e logicamente esse ainda não é Wolverine que nós, fãs, queremos ver. Quem sabe na próxima.


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