Postado por: Gustav Queiroz
Salve aí, filhos da Escócia! Hoje eu abri o porta-malas, e constatei que o Delorean viajou até o ano de 1.280 Depois de Cristo. O_o
Sim, hoje eu falarei sobre um dos melhores, mais emblemáticos, porém um dos mais viscerais filmes que existem:
CORAÇÃO VALENTE.
Título Original: Braveheart
Diretor, ator principal, figurinista, diretor de fotografia, diretor de marketing, exército de um homem só,
Ano: 1995
Elenco: Mel Gibson, Patrick McGoohan, Sophie Marceau e Brendan Gleeson
Um verdadeiro épico de primeira grandeza sobre a guerra civil escocesa, a luta por liberdade, a crueldade da guerra e, acima de tudo, um exemplo histórico de como a ganância, a política e a sede de poder podem corromper os homens e destruir vidas inocentes, mas mesmo nesse cenário sombrio, a determinação e a virtude de um homem pode se sobressair e conduzir as pessoas para a liberdade.
Baseado em uma história real, o filme foi adaptado pra ter mais romance e ação no início.
A história acontece na Escócia quando Willian Wallace, após ter seus pais assassinados pelas tropas do rei Edward I (A.K.A "Longshankes"), sai ao redor do mundo com o tio, Argyle. Ao voltar, tudo o que ele quer é viver uma vida pacata e tranquila, e criar uma família nos campos da Escócia.
Então ele reencontra Murron, uma amiga de infância com quem se casa. Mas eles devem fazer isso às escondidas, pra que ela não seja pega no decreto inglês da Prima Noctis ("primeira noite", onde todas as noivas escocesas, ao casarem, são obrigadas a passarem a primeira noite com algum nobre ou soldado inglês.)
Porém, os ingleses descobrem isso, e a capturam e matam. Então Willian Wallace se envolve na guerra e lidera a Escócia na rebelião contra Longshankes.
Mas essa, meus amigos, é a história do filme. Nunca foi provado que Willian Wallace se casou.
Mas, logo após isso, o filme fica altamente emocionante, mostrando toda a realidade das batalhas e da marcha, e do crescimento do exército escocês.
Aqui eu faço uma pausa, pois chega a parte do filme em que chega um aliado muito, muito foda: Stephen, o Irlandês mais legal do mundo. E que se diz dono da Irlanda. Vai que ele era, mesmo...
Grande Stephen! *o*
Logo após esse momento épico do filme, acontece a primeira batalha, em Stirling. Foi uma verdadeira surra por parte da Escócia. A vitória sobre os ingleses em Stirling rendeu inclusive um monumento, erguido próximo ao local da batalha.
O Monumento Wallace, em Stirling, local onde está a espada que dizem ter pertencido ao próprio Willian Wallace.
Mas, como eu disse no início, a política corrói os homens e destrói vidas inocentes. Enquanto todo o povo dava seu total apoio à Willian Wallace, os nobres escoceses já não pensavam da mesma forma. Enquanto a Escócia era governado por um Rei leproso (até hoje não sei quem era esse puto na vida real, se era um Bruce, se era o rei Alexandre III da Escócia, ou se era John Balliol), e alguns nobres eram subornados por Longshankes, Robert de Bruce traiu Wallace. 2 vezes.
Na segunda vez, não teve jeito. (ALERTA DE SPOILER) Wallace foi julgado, condenado e brutalmente executado.
Só que, nessa parte do filme, é que as duas lições de vida das mais preciosas que eu poderia aprender, são mostradas.
A primeira: "Todo homem morre. Mas nem todo homem vive."
Wallace teve a coragem e a força necessária para seguir seu coração, mesmo em face das situações mais adversas. Lutou com paixão, e morreu corajosamente, por não ter se deixado dobrar em nenhum momento.
A segunda lição: Um homem pode morrer. Mas uma ideia é imortal, e perdura para sempre.
Uns poucos anos depois da morte de Wallace, o rei leproso aparentemente morreu. Então, Robert de Bruce liderou uma investida com força total pra cima das forças do Príncipe Edward (O rei "Longshankes" Edward I, já havia falecido), e CONQUISTOU A LIBERDADE PARA A ESCÓCIA.
A espada de Willian Wallace, dentro do Monumento Wallace, em Stirling
Essas duas lições, além da extraordinária fotografia, cenários e ação do filme, fazem dele um filme que não pode faltar na casa de nenhum ser humano.
Pra encerrar, mando-lhes esta música, que fala sobre liberdade. A liberdade que Willian Wallace tanto amou, e que poucas pessoas sequer sabem em que ela consiste.
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