18 novembro 2013

Crítica | Jogos Vorazes: Em Chamas

Por Unknown   Postado As  12:30   Crítica Sem Comentários


Sexta-feira passada eu tive o prazer (ou quase) de ir à estréia de Jogos Vorazes: Em Chamas. Antes de mais nada acho válido dizer que aquela porra de cinema tava lotado, e a pessoa mais velha daquela parada fora eu tinha 13 anos. Como se não bastasse os chiliques de primeira menstruação a cada entrada de um ator, em tese, bonito, as menininhas que leram a porra do livro ficavam narrando e dando vários spoilers adiantados sobre CADA CENA que ia entrar. 

Tá, eu sei que não existe essa parada de "spoiler" quando a série tem livros, quadrinhos, mangás e tal, sou um grande defensor do direito das pessoas comentarem antecipadamente sobre algo que tem um material já apresentado, mas você não via um fã de Tolkien fazendo isso durante as sessões de Senhor dos Anéis e nem vê durante as do Hobbit, é aí você sente a diferença da maturidade dos públicos.

VAMOS NOS CONSCIENTIZAR EIN GALERA! FIQUEI SABENDO QUE TÁ PRA ESTREAR UM FILME MOR DAHORA QUE EU RECOMENDO PRA TODO MUNDO, O TÍTULO VOCÊS JÁ SABEM: RESPEITO, ISSO MESMO GALERINHA!!! TÁ COM A DATA MARCADA PRA SAIR PRO DIA: QUANTO/ANTES/MELHOR.

Fora as fãs ovulando, o filme é muito bom, admito, tinha tudo que precisava pra me fazer gostar. Tá, eu tenho uma reputação a zelar a respeito, mas foda-se, a parada tava muito legal mesmo, tinha tudo que o primeiro não teve. O primeiro filme da franquia, foi numa escada de 0 a 10, 4. Longe de ser empolgante e despertar minha curiosidade sobre o futuro da saga e etc. 

Eu nunca fui um fã, vi o primeiro filme duas ou três vezes , despretensiosamente entre as exibições dos Telecines, só pra me repertoriar a respeito como é o de costume. Nem sequer gostei, li os livros e me interessei em me aprofundar no universo como já disse, mas minha opinião mudou da água para o vinho com o trabalho feito na segunda fase do projeto Jogos Vorazes: Em Chamas, que se deve a troca repentina de diretores que substituiu Gary Ross por Francis Lawrence (Constantine, Eu Sou A Lenda

A segunda parte da trama adaptada da série de livros de Suzanne Collins, dessa vez, vai um pouco além de um jogo mortal e propositalmente adaptado para que crianças com menos de 14 anos possam assistir e se apaixonar pelos atores "bonitinhos" do elenco, a parada começa a tomar tons mais cinzas e sérios, adentrando em jogos políticos e ameaças eminentes de rebeliões entre os distritos contra a Capital.



Após sobreviverem ao ultimo jogo juntos, Peeta (Josh Hutcherson), Katniss (Jennifer Lawrence) se tornam um objeto de mídia nas mãos dos políticos da Capital que os obrigam a fingir um romance, mas quase sem querer, os dois se tornam símbolos para os cidadãos e um incentivo de grandes dimensões para rebeliões da população contra a opressão e demonstrações de sangue, em objeto principal, os Jogos. Tendo em vista o grande problema, o presidente Snow (Donald Sutherland), que anteriormente utilizava a imagem do até então "casal" para distrair a população com uma demonstração de "política do pão e circo", se vê obrigado a eliminar todos os campeões para que não restem símbolos de resistência, e cria uma nova edição dos Jogos Vorazes que traz de volta à arena todos os antigos vencedores que por ora, são assassinos de grande periculosidade.

Ao decorrer da trama proporcionada pelos movimentos políticos da capital, o romance fictício de Peeta e Katniss começam a tomar proporções reais e um vínculo muito atrativo ao público é criado a partir desse laço entre ambos, embora se mantenha divida entre ele e seu antigo amor, Gale (Liam Hemsworth) a menina Katniss precisa manter sua postura de responsabilidade em frente aos movimentos da capital com intuito de erradicar as resistências e protestos dos distritos e as respostas violentas contra a liberdade de expressão do povo. 

Ainda mantenho minha opinião de que a franquia é muito forçada para o público Teen Primeira Menstruação, mas tenho que concordar que Francis Lawrence conseguiu criar atmosferas de tensão dentro e fora da arena e tornar tudo mais adulto. Francis já teve trabalhos de diversos patamares, incluindo uma adaptação de um dos meus personagens favoritos dos quadrinhos, John Constantine, de Hellblazer, sim, aquele com o Keanu Horreeves, mas sem dúvida esse foi o seu maior trabalho até então. Embora seja uma obra adolescente, ele aproveita e expõe muito bem várias criticas sociais e influências de uma mídia dominadora sob uma massa populacional.

O final ficou um gancho perfeito para a terceira frase da franquia, talvez essa seja um forte e um fraco ao mesmo tempo. Isso geralmente ocorre durante episódios intermediários de franquias, uma ausência de um inicio por completo e um final, coisa de Star Wars - O Império Contra Ataca, Matrix Reloaded e Senhor dos Anéis - As Duas Torres, mas são um mal necessário.

Como eu já disse, eu não me aprofundei nas versões literárias, então não faço ideia se agradaria um leitor da franquia, e nem sei na verdade se isso é um requisito aceitável. Quem é fã de super heróis e quadrinhos em geral sabe o que eu estou tentando dizer. Mas se eu pudesse resumir tudo que eu disse aqui em apenas uma frase, eu diria sem dúvidas: "O barato tá dahora até". 

Mas que lição eu levei disso tudo numa noite quente de feriado prolongado, descobri um novo preconceito em mim: Fã de Jogos Vorazes com menos de 16 anos. Nunca vou perdoar.


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